Somos professoras e professores que atuam no Sinpro-Rio. Entendemos que o sindicato é um espaço privilegiado de luta pela valorização da nossa profissão e pela conquista de nossos direitos.
Acreditamos na democracia como valor universal; e porque nós, signatários deste manifesto, construímos, ao longo dos últimos anos, junto com a categoria, um movimento de professores que valoriza a luta e o espaço vivo do nosso cotidiano, nos sentimos na obrigação de lutar para mudar a direção do Sinpro-Rio e de novo colocar a entidade no centro da luta dos professores.
O Movimento Vem Pra Luta defende um Sindicato atuante na busca do construir coletivo, de forma democrática baseado nos princípios da transparência, equidade, ética e defesa dos nossos direitos.
Infelizmente, o Sinpro-Rio enfrenta atualmente uma forte crise gerada pela postura autoritária e personalista do atual presidente. Suas práticas têm se revelado antidemocráticas, centralizadoras e antiéticas. Tal postura reúne em torno de si interesses privados de grupos que vislumbram a utilização da máquina sindical em favor dos seus interesses, beneficiando o patronato.
O Sinpro-Rio não está mais alinhado com a realidade política e social de nosso país. Uma grande prova disso foi a campanha salarial de 2014, onde a categoria não foi convocada para luta.
As campanhas midiáticas e a luta judicial não devem ser os únicos instrumentos de pressão e de luta contra o patronato. O Movimento Vem Pra Luta defende um sindicato com forte presença nas escolas e nas universidades e que seus representantes assumam uma postura mais ousada e participativa.
No que diz respeito às questões administrativas, observamos que nos últimos cinco anos, o sindicato gastou R$ 18 milhões a mais do que arrecadou, acumulando significativo déficit e acabando com as reservas poupadas ao longo de décadas.
O presidente, contrariando os princípios da chapa que o elegeu, rasgou todos os compromissos firmados. Não só não encaminhou soluções para estancar a grave crise financeira e de gestão por que passa a entidade, como a aprofundou, ao fazer um empréstimo sem o conhecimento da diretoria; desrespeitando a decisão da assembleia para reduzir 40% da folha da diretoria e mantendo relação promíscua com empresas cujos valores dos contratos são incompatíveis com o movimento sindical. É preciso dar basta.
O Vem Pra Luta defende que os recursos da categoria sejam usados para as lutas por melhores salários e condições de trabalho e não em benefício de interesses privados.
Exigimos respeito à dotação orçamentária, o cumprimento das decisões congressuais, a transparência nas finanças, a austeridade no trato com o patrimônio dos professores. O orçamento participativo constitui princípio básico de uma entidade que se propõe a representar uma categoria de forma propositiva e democrática.
Ao lançarmos este manifesto queremos chegar a você, que continua acreditando na possibilidade de novos caminhos. Como disse o poeta da canção Chico Buarque, sigamos “semeamos vento em nossa cidade, em nosso estado, em nosso país”, e na Educação. Vamos pra luta, junto com você, professora e professor, beber a tempestade!
Assinam este manifesto
Adalgiza Burity
Afonso Celso Teixeira
Antônio Rodrigues
Arnaldo Borba Junior
Deyse Coutinho
Dilson Ribeiro Da Silveira
Eliza Barbosa
Elson Simões De Paiva
Fernando Luiz Di Giorgio
Glorya Maria Alves Ramos
Gustavo Henrique
Hélio Maia
Ireni Felizardo
Jayram Saraiva Uchôa
João Jorge De Araújo Armenio
João Paulo Câmara Chaves
Leila Dos Santos De Azevedo
Luiz Henrique Rodrigues Bandeira
Marcelo Pereira
Marcio Antônio Guimarães Aguiar
Marcio Franco Xavier Vieira
Marco Tulio Paolino
Marina Espírito Santos
Oswaldo Teles
Robson Malheiros
Wellington Freitas Da Silva
Yara Maria Pereira
Vem Pra Luta!
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