Os professores que atuam na Educação Superior Privada no município do Rio de Janeiro estão até agora sem quaisquer perspectivas de reajuste salarial para este ano, apesar de a data-base da categoria ser 1º de abril
Esta situação não é novidade para a categoria e para nós, é resultado da complacência e acomodação da direção do Sinpro-Rio. Uma prova disso é o fato de a primeira assembleia de pauta só ter sido convocada pelo Sindicato no dia 5 de abril, época em que a Convenção Coletiva já devia estar sendo fechada. De lá para cá, passou maio e entramos em junho, com todos os problemas decorrentes das paradas para a Copa, sem que nada tenha sido definido.
Diante da paralisia da direção do Sindicato, os patrões se mantém absolutamente tranquilos na sua zona de conforto e certamente ganhando com isso. O Sinpro-Rio peca mais uma vez pela costumeira falta de vontade política e luta.
Chega desse desgastado discurso de defesa da Convenção Coletiva. É hora de arregaçar as mangas e partir para o embate com os patrões na defesa do interesse dos professores da Educação Superior. Não aguentamos mais essa briga da maré contra o rochedo onde quem sempre sai perdendo e sofre as consequências é a categoria. Esse filme nós já vimos e não queremos reprise.
Parece que o tão propalado discurso do bem sucedido empreendimento da Educação Superior e a prática patronal do descumprimento de lei está contaminando o sindicato dos trabalhadores. Os professores precisam dar um basta nessa situação e nós do Movimento Vem Pra Luta estamos dispostos a somar forças com a categoria da Educação Superior Privada para mudar essa história de prejuízos.
NEGOCIAÇÃO SALARIAL JÁ!
Exigimos reposição das perdas salariais medidas pelo INPC mais ganho real, tudo pago integralmente e de uma só vez.
É HORA DE DAR UM BASTA
Além disso, a legislação é sistematicamente desrespeitada com claros prejuízos para todos nós professores. Vejamos:
- Poucas IES pagam os salários em dia;
- Férias e 13º salário em atraso, em muitos casos chegando a mais de 2 anos;
- FGTS não é depositado;
- INSS, descontado na folha salarial dos professores, mas não repassado à Previdência Social, entre tantas outras mazelas.
A prática de atrasos vem sendo repetida impunemente pelas instituições em favor dos seus altos lucros sem enfrentar qualquer resistência por parte do Sindicato, que se limita, a cada ano, a buscar apenas a recuperação das perdas salariais.
As alardeadas comissões paritárias não deram em nada, pois o acordo fechado em 2013 ignorou todas as propostas que foram objeto de pauta das mesmas, que remontam ao ano de 2012: regulamentação dos Planos de Carreiras, Pós-Graduação “lato senso” e, sobretudo, a difusão indiscriminada da EAD.
O Movimento Vem Pra Luta entende que é preciso acabar com a “zona de conforto” patronal e com o imobilismo da direção do sindicato. Queremos reajustes acima da inflação e ganho real de fato no bolso do professor. Mas isso só será possível com ampla mobilização da categoria. Estamos juntos nesta luta.
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