BOTÕES

terça-feira, 10 de junho de 2014

Campanha Salarial na Educação Superior: irresponsabilidade ou omissão?

Os professores que atuam na Educação Superior Privada no município do Rio de Janeiro estão até agora sem quaisquer perspectivas de reajuste salarial para este ano, apesar de a data-base da categoria ser 1º de abril

Esta situação não é novidade para a categoria e para nós, é resultado da complacência e acomodação da direção do Sinpro-Rio. Uma prova disso é o fato de a primeira assembleia de pauta só ter sido convocada pelo Sindicato no dia 5 de abril, época em que a Convenção Coletiva já devia estar sendo fechada. De lá para cá, passou maio e entramos em junho, com todos os problemas decorrentes das paradas para a Copa, sem que nada tenha sido definido.

Diante da paralisia da direção do Sindicato, os patrões se mantém absolutamente tranquilos na sua zona de conforto e certamente ganhando com isso. O Sinpro-Rio peca mais uma vez pela costumeira falta de vontade política e luta.

Chega desse desgastado discurso de defesa da Convenção Coletiva. É hora de arregaçar as mangas e partir para o embate com os patrões na defesa do interesse dos professores da Educação Superior. Não aguentamos mais essa briga da maré contra o rochedo onde quem sempre sai perdendo e sofre as consequências é a categoria. Esse filme nós já vimos e não queremos reprise.

Parece que o tão propalado discurso do bem sucedido empreendimento da Educação Superior e a prática patronal do descumprimento de lei está contaminando o sindicato dos trabalhadores. Os professores precisam dar um basta nessa situação e nós do Movimento Vem Pra Luta estamos dispostos a somar forças com a categoria da Educação Superior Privada para mudar essa história de prejuízos.

NEGOCIAÇÃO SALARIAL JÁ!

Exigimos reposição das perdas salariais medidas pelo INPC mais ganho real, tudo pago integralmente e de uma só vez.

É HORA DE DAR UM BASTA

Além disso, a legislação é sistematicamente desrespeitada com claros prejuízos para todos nós professores. Vejamos:
  • Poucas IES pagam os salários em dia;
  • Férias e 13º salário em atraso, em muitos casos chegando a mais de 2 anos;
  • FGTS não é depositado;
  • INSS, descontado na folha salarial dos professores, mas não repassado à Previdência Social, entre tantas outras mazelas.

A prática de atrasos vem sendo repetida impunemente pelas instituições em favor dos seus altos lucros sem enfrentar qualquer resistência por parte do Sindicato, que se limita, a cada ano, a buscar apenas a recuperação das perdas salariais.

As alardeadas comissões paritárias não deram em nada, pois o acordo fechado em 2013 ignorou todas as propostas que foram objeto de pauta das mesmas, que remontam ao ano de 2012: regulamentação dos Planos de Carreiras, Pós-Graduação “lato senso” e, sobretudo, a difusão indiscriminada da EAD.

O Movimento Vem Pra Luta entende que é preciso acabar com a “zona de conforto” patronal e com o imobilismo da direção do sindicato. Queremos reajustes acima da inflação e ganho real de fato no bolso do professor. Mas isso só será possível com ampla mobilização da categoria. Estamos juntos nesta luta.

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